Tudo o que você precisa saber sobre a cirurgia ortognática

Tudo o que você precisa saber sobre a cirurgia ortognática
Formada em Publicidade e Propaganda, desde que me formei, sempre fui apaixonada pelas redes sociais, sou redatora há mais de 10 anos, com experiência no setor da medicina estética.
Criação: 29 mai 2017 · Atualização: 3 jul 2023
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O cuidado com a saúde bucal tem crescido muito nos últimos anos. A cada dia que passa é maior o número de pessoas que se anima a usar aparelhos ortodônticos com o intuito de alinhar os dentes e exibir um sorriso bonito.

No entanto, há situações em que a ortodontia não chega a ser suficiente para, por si só, resolver problemas bucais. Isso é o que acontece quando o problema do paciente é ocasionado não apenas pela falta de alinhamento dos dentes, mas como ainda por um mal posicionamento, ou tamanho inadequado dos ossos do rosto, principalmente a mandíbula e o maxilar.

O que é a cirurgia ortognática?

A cirurgia ortognática é a intervenção pela qual é possível fazer com que os ossos da face se posicionem de maneira correta e tenham as proporções adequadas. Com a operação se consegue uma melhor aparência estética, já que a harmonia dos traços muda. Porém, o que se obtém, principalmente, é a melhoria da funcionalidade da boca, como o fechamento, a mastigação e a saúde dental.

Quais os tipos de cirurgias existentes?

Existem vários tipos de cirurgias ortognáticas, cada uma girando em torno do problema que se busca corrigir. A intervenção pode ter como objetivo ajustar a mandíbula em casos de retrognatia, que ocorre quando existe uma má oclusão causada pela posição mais posterior da mandíbula. Também pode ter como meta mover a mandíbula para frente (prognatismo), proporcionando, assim, o alinhamento e harmonia do rosto.

Outra opção é a operação que busca resolver as diferenças notáveis entre o lados esquerdo e direito da face. Em casos de mordida aberta, que ocorre quando os dentes frontais superiores não fazem contanto com os inferiores, a ortognática também pode ser uma alternativa.

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A cirurgia evita o uso da ortodontia?

Não. O normal é que o paciente faça uso da ortodontia antes mesmo da intervenção, assim como siga após a operação. A cirurgia muda os ossos de posição, porém, não os dentes. Uma vez os ossos da mandíbula e o maxilar estejam bem colocados, a ortodontia tem que fazer seu trabalho para que os dentes se alinhem e se posicionem nos lugares corretos.

Como é feita a cirurgia ortognática?

A operação costuma durar cerca de 4 horas. No Brasil, Europa e Estados Unidos se desenvolve por meio do uso da ortodontia, seguida da cirurgia, e da ortodontia novamente. Já no Japão e na Correia do Sul, se está usando uma nova técnica, que consiste em realizar a cirurgia antes mesmo da ortodontia. Assim se obtêm resultados mais rápidos, porém, o procedimento é mais complicado e, desse modo, não ocorre de maneira majoritária.

Qual o tipo de anestesia utilizada?

Se a cirurgia é monomaxilar, é aplicada a anestesia geral. O normal é que o paciente permaneça no hospital em observação por pelo menos uma noite. Já caso a cirurgia afete somente a mandíbula, a anestesia costuma ser local e não há a necessidade de permanência no hospital. Em casos assim, o paciente pode voltar para casa algumas horas depois de ter realizado o procedimento.

A partir de qual idade se pode fazer a cirurgia?

A operação pode ser feita assim que o crescimento da pessoa tenha sido finalizado, o que ocorre ao redor dos 18 anos com mulheres, e em torno dos 21 no caso dos homens. Se ocorre o surgimento de problemas no maxilar ou na mandíbula ainda na infância, existe a possibilidade de correção por meio do uso de aparelhos funcionais.

Como fica a face após a operação?

Logo depois de realizada a operação o paciente nota que sua face fica inchada. Também enfrenta problemas para realizar tarefas do dia a dia, como comer, dormir, ou falar. Para aliviar, na medida do possível, os desconfortos e dores, é normal que o cirurgião indique o uso de medicamentos.

É possível falar depois ortognática?

O paciente pode falar depois da cirurgia, mas o inchaço pode provocar desconfortos e dores durante os primeiros dias, assim como cansaço ao praticar os movimentos da fala.

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Qual a dieta a ser seguida?

Durante as duas semanas que seguem a intervenção, existe a necessidade de se seguir uma dieta leve e com o auxílio de canudos e seringas. Na terceira semana é possível comer alimentos macios. Já a partir da quarta semana se podem incorporar alimentos mais sólidos para que o paciente recupere progressivamente sua dieta habitual.

Como fica a higiene oral?

É preciso manter a boca em ótimas condições de higiene depois de realizada a intervenção com o intuito de se evitar infecções. Em casos assim, se recomenda o uso de uma escova de dentes pequena e suave, a qual seja capas de limpar os bráquetes por debaixo e ao redor dos arcos.

Quanto tempo de atestado?

O tempo de atestado laboral depende muito das condições da recuperação do paciente e se a operação ocorreu em um ou dois maxilares. No entanto, o habitual é poder voltar à rotina de trabalho num prazo de duas semanas.

É possível praticar esporte?

A volta à prática esportiva deve ser progressiva. Nas semanas seguidas da operação é possível fazer caminhadas leves. Pouco a pouco se pode aumentar a intensidade dos exercícios, mas sempre seguindo as recomendações do médico responsável.

A cirurgia deixa cicatrizes?

Uma das grandes vantagens da cirurgia é que todas as incisões são intraorais, ou seja, dentro da boca. Isso faz com que não fique nenhuma cicatriz visível na face.

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Quando é possível ver os resultados definitivos?

Uma vez que o inchaço desapareça, o paciente já pode comprovar que o aspecto de sua face mudou e que agora está mais harmônico. Ao princípio, pode ocorrer uma situação de estranheza, porém, na maioria dos casos a pessoa operada aceita rapidamente seu novo aspecto e se enxerga melhor com ele.

Há pessoas que são impedidas de passar pela operação?

Assim como ocorre com qualquer outro tipo de cirurgia, existe a necessidade de cuidados especiais com pessoas que enfrentam doenças, como hipertensão, problemas respiratórios ou circulatórios, ou ainda enfermidades sistêmicas graves. O médico é quem realiza uma avaliação concreta das circunstâncias pessoais e de saúde do paciente e, assim, decide se é viável ou não fazer a intervenção.

Quando se retira a ortodontia?

O tempo varia de paciente para paciente. Entretanto, o habitual é que seja retirada em um prazo de 6 a 12 meses.

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