Saiba como tratar da ginecomastia após a perda de peso

Saiba como tratar da ginecomastia após a perda de peso
Formada em Publicidade e Propaganda, desde que me formei, sempre fui apaixonada pelas redes sociais, sou redatora há mais de 10 anos, com experiência no setor da medicina estética.
Criação: 31 mar 2017 · Atualização: 28 set 2022
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Ginecomastia é o nome dado ao desenvolvimento acima do padrão da glândula mamária masculina, e que costuma afetar profundamente a autoestima de muitos homens, já que eles sentem vergonha de expor o tórax diante de outras pessoas, o que acaba interferindo nas interações sociais e também pessoais. Suas causas são diversas, mas, independentemente delas, elas são passíveis de tratamento.

Os especialistas esclarecem que até os 18 anos de idade a maioria dos pacientes com ginecomastia leve acabam não necessitando de tratamento ou intervenções, pois as mamas são corrigidas naturalmente pelo organismo. Neste período da vida, o corpo sofre fases transitórias e qualquer alteração na mama deve ser apenas acompanhada por um profissional. Depois dessa idade, se o problema persistir, a cirurgia é a principal indicação para reverter a ginecomastia.

A ginecomastia pode ocorrer tanto nas duas mamas (bilateral), como somente em uma (unilateral). Quando ocorre nas duas, é comum que ocorra um aumento irregular, ou seja, desigual, o que interfere ainda mais na autoestima do indivíduo.

Tem como causador principal os desequilíbrios hormonais, que podem estar ligados ao uso de alguns medicamentos, uso de anabolizantes e também ao envelhecimento. Outro fator que ajuda no desenvolvimento da ginecomastia é o aumento de peso, que faz com que a região acumule gordura e tecido, ou a perda de peso considerável, seja ela pós bariátrica ou reeducação alimentar, por exemplo.

Infelizmente essa situação fica ainda mais saliente quando a pessoa emagrece abruptamente, já que a mama pode ficar flácida, deformada e sem harmonia com a região do peito.

Cirurgia para retirar gordura dos mamilos

Ginecomastia verdadeira e pseudoginecomastia: qual a diferença?

O crescimento das mamas pode ser caracterizado em função do acúmulo de gordura (pseudoginecomastia ou lipomastia), através do aumento de peso, ou pela hipertrofia das glândulas mamárias (ginecomastia verdadeira). Esta última é provocada necessariamente pelo desacordo hormonal no organismo.

Na ginecomastia verdadeira, o crescimento é uma reação ao desequilíbrio entre os hormônios masculinos (androstenediona e testosterona) e femininos dentro do corpo. Esse descompasso hormonal pode ser resultado de diferentes fatores, como citamos acima, mas também pode ser uma resposta à problemas como insuficiência renal, desnutrição, cirrose hepática, hipertireoidismo, doença de Parkinson ou infecção nos testículos.

Quando provocado por motivos medicamentosos, são efeitos colaterais, geralmente, da ingestão de remédios para tratamento de gastrite ou úlcera estomacal e até mesmo de hipertensão e antidepressivos. Tratamentos como quimioterapia, radioterapia ou da infecção do HIV também devem ser considerados.

Por isso é fundamental que o diagnóstico seja feito por meio de exames físicos, levantamento do histórico familiar e de saúde, análises sanguíneas, palpações e ultrassonografias, sempre tendo a certeza de que cada caso será tratado de forma personalizada.

Como tratar a ginecomastia?

Em alguns casos leves essa condição pode ser tratada através de medicamentos e até com uma simples mudança de hábitos.

Caso a mama em excesso não desapareça em até 2 anos, esteja interferindo na autoestima ou em atividades do dia a dia, o caminho mais indicado para eliminar a ginecomastia passa a ser a cirurgia. Através desta alternativa, se remove o excesso de gordura e as glândulas mamárias, melhorando o contorno do tórax. Este procedimento só pode ser realizado por um cirurgião plástico, devidamente acompanhado pela junta médica avaliativa (endocrinologistas, mastologistas e afins).

No entanto, quando a situação é considerada mais grave (excesso de flacidez e aréola alargada, por exemplo), pode ser necessário também que o profissional faça um processo corretivo, com reposicionamento do órgão. Para esta intervenção, se demanda mais horas de centro cirúrgico e mais tempo de recuperação.

A cirurgia pode demorar até quatro horas dependendo do caso clínico do paciente e a anestesia pode ser a geral ou local, mas sempre associada a uma sedação. Quem decide qual anestesia será usada é o cirurgião.

Na maioria das vezes é feito apenas um corte estilo meia lua em volta do mamilo. Vale lembrar que quanto maior o procedimento, maior pode ser o tamanho e o formato da cicatriz. A alta tende a ocorrer no mesmo dia, independente da técnica realizada.

Excesso de gordura no peitoral

Já quando o aumento da mama é consequência unicamente do excesso de tecido adiposo (pseudoginecomastia), sem maiores sequelas ou deformidades, o profissional pode optar, por realizar apenas uma lipoaspiração no local. Uma cânula é inserida e movimentada para soltar a gordura, assim como se faz em uma lipo tradicional, que será drenada para um recipiente cirúrgico e posteriormente descartada.

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E quanto tempo demora a recuperação?

O processo pós-operatório não é considerado muito dolorido, mas exige cuidados, já que a região fica inchada, sensível e apresenta hematomas nos primeiros dias. O resultado final é percebido em média 12 meses após a cirurgia.

Quais os cuidados necessários?

Um modelador torácico deve ser usado durante 24 horas nos 30 primeiros dias, período no qual também é aconselhável evitar esforços físicos. Depois desse tempo, o modelador passa a ser usado durante mais 30 dias, dessa vez somente para dormir. Neste período já estão liberadas caminhadas leves.

Já voltar à academia pode demorar pelo menos dois meses, mas vai depender da avaliação do médico responsável e de como o paciente vem reagindo à cicatrização.

O que é importante saber antes de realizar o procedimento?

Antes de tudo, é preciso que a pessoa esteja dentro do peso considerado normal. Também é preciso saber que o procedimento não é definitivo, já que o excesso de mama pode voltar junto com um possível ganho de peso.

Por isso, a decisão deve ser tomada junto com o profissional responsável, o qual analisará a situação e indicará o procedimento mais adequado.

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