Piercing reverse: cirurgia para remodelar o lóbulo da orelha

Piercing reverse: cirurgia para remodelar o lóbulo da orelha
Formada em Publicidade e Propaganda, desde que me formei, sempre fui apaixonada pelas redes sociais, sou redatora há mais de 10 anos, com experiência no setor da medicina estética.
Criação: 29 mar 2017 · Atualização: 10 ago 2022
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Novas tendências da moda, mudanças no seu estilo de vida, exigências profissionais ou até ter “enjoado” do seu acessório. Esses podem ser alguns dos motivos que levam pessoas a deixar de usar piercings, alargadores ou certos tipos de brincos. No entanto, como resultado, podem ficar as perfurações aparentes, cicatrizes e até deformações do lóbulo da orelha.

Pode parecer um assunto banal para algumas pessoas, mas, colocar um piercing, usar um determinado modelo de brinco é, para muitos, uma criação de identidade, uma afirmação de estilo e algo necessário para se sentir bem. Retirá-lo também é um processo e uma decisão importante e, a depender das causas e dos efeitos dessa remoção, ela pode interferir diretamente na autoestima desses indivíduos.

Uma das consequências mais comuns é a deformação do lóbulo da orelha, principalmente quando se usa acessórios largos ou pesados por muito tempo. O que nem todo mundo sabe é que essa alteração é super comum e pode sim ser reparada, e até mesmo remodelada. Isso só é possível por meio de uma mini cirurgia, conhecida dentro dos consultórios médicos como “piercing reverse”. Caso a extensão a ser reparada seja a da orelha, também pode ser chamada de “cirurgia para reconstrução do lóbulo” ou lobuloplastia.

A piercing reverse é uma cirurgia plástica minimamente invasiva, com anestesia local, que devolve o aspecto original do lóbulo, reconstruindo esta parte da orelha, caso ela tenha sofrido algum tipo de deformação, rompimento ou alongamento. O mais comum é que essas intercorrências aconteçam por interferências externas, como uso de alargadores, uso de brincos pesados, perfurações muito próximas à sua extremidade, aparecimento de queloides pós perfuração etc. Mas, não podemos esquecer que isso também pode acontecer pelo efeito natural do envelhecimento na região.

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Como é feita a piercing reverse?

Para corrigir o lóbulo afetado por perfuração ou mesmo pela flacidez, é realizado um estudo do caso, pois a laceração pode ter acontecido de forma parcial ou total (quando rasga por completo, partindo-se ao meio e se tornando o que chamam de “lóbulos bífidos”). Além disso, sempre são feitos alguns exames preliminares e fundamentais em todo processo pré-cirúrgico.

Em seguida, a região é redesenhada, para que fique harmoniosa e o mais natural possível, e as partes separadas pelo orifício voltam a ficar unidas. Em alguns casos, também é realizada a retirada do excesso de pele e o reposicionamento auricular.

Importante lembrar que existem algumas técnicas para refazer essa união e tudo dependerá de fatores como padrão da orelha, tipo de deformação, intensidade da laceração, tamanho do lóbulo etc.

No caso de lóbulos deformados por perfurações, o cirurgião retira fragmentos epidérmicos internos e ao redor do orifício e a recomposição é feita através de uma pequena sutura. O procedimento devolve a forma pequena e arredondada da orelha, trazendo a autoestima de volta, sem muitas dores. No caso de rompimento total ou retirada de excesso de pele, podem ser necessários pequenos enxertos, reaproveitando a própria pele da região.

Recuperação da piercing reverse

A piercing reverse é uma cirurgia simples, pouco invasiva e super-rápida (dura cerca de 30 minutos, desde o preparo até a sua finalização) e que, como comentamos acima, necessita apenas de uma anestesia local. Geralmente são necessários 3 ou 4 pontos (sutura), dependendo da extensão da orelha, os quais podem ser retirados após uma semana, sempre com o auxílio de um profissional. A região pode apresentar um leve inchaço ou até um pouco de manchas arroxeadas, mas nada que impeça o retorno às suas atividades normais já no dia seguinte, inclusive exercícios físicos.

Já com relação à cicatriz, é importante dizer que ela fica praticamente invisível na maioria dos casospois vai perdendo a sua intensidade com o passar do tempo, quase desaparecendo depois de mais ou menos 3 meses pós-procedimento. Em alguns casos, pode ficar uma pequena marca, mas nada que se compare com o órgão rompido ou alargado. Algo muito sutil e natural.

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É normal sentir um desconforto nos primeiros dias, mas as dores são amenizadas através do uso de anti-inflamatórios receitados pelo médico e mantendo sempre a região seca e com curativos corretos. Nada de sol nos primeiros dias e, se acontecer, sempre com curativo e protetor solar 50 FPS. O recomendado é que o paciente só fique exposto ao sol sem curativo depois de 90 dias de cirurgia.

Caso a pessoa deseje usar um brinco novamente, isso pode ocorrer depois de um mês (em média), mas fica aqui um alerta importante: o novo furo não pode ser realizado na região que foi reconstruída, ou seja, em cima da cicatriz. E, dessa vez, lembre-se de optar por brincos leves, que não causem muita pressão no lóbulo e que possam ser facilmente removidos quando você for praticar um esporte, tomar banho, realizar exames, dormir, para que não machuquem a região. No caso de uso de capacete, boné, chapéu e demais itens que possam apertar ou ficar em contato com a parte recém-operada, recomenda-se esperar cerca de 7 dias para voltar a usá-los e, mesmo assim, sempre com cautela.

Além de corrigir deformações nos lóbulos da orelha, a piercing reverse também pode ser realizada em outras regiões do corpo, como lábios, nariz e narinas, sobrancelhas, mamilos, umbigo e genitais externos, ou qualquer parte do corpo que tenha sofrido alguma alteração ou deformação após o uso prolongado de um acessório estético.

O importante é saber que, caso algo ocorra nesse sentido e seja necessária uma correção pós retirada de piercings, existe uma técnica exclusivas, com nome e sobrenome, para concretizar essa remoção sem que deixe marcas ou consequências desagradáveis à sua imagem e aparência. E, para isso, conte sempre com um médico certificado e com a nossa plataforma Cirurgia.Net. 

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